O DILEMA ÉTICO-JURÍDICO DA REPRODUÇÃO HUMANA ASSISTIDA HOMÓLOGA POST MORTEM
Palavras-chave:
Inseminação artificial homóloga, Concepção póstuma, Bioética, Planejamento familiarResumo
Os avanços da ciência tecnológica vêm contribuindo significativamente para a expansão das técnicas de reprodução humana assistida. Neste cenário, verifica-se que a utilização desses procedimentos tem gerado inúmeros debates éticos legais. Portanto, este estudo trata sobre as questões relacionadas à inseminação artificial homóloga post mortem. Tomando como referência as normas éticas que asseguram a livre escolha do casal no planejamento familiar, a pesquisa tem por objetivo descobrir de que forma tais regulamentações influenciam na concretização desse projeto parental. Dessa forma, questiona-se sobre como as orientações bioéticas sobre planejamento familiar influenciam na reprodução humana posmortem? Para responder esta pergunta, a partir do método hipotético-dedutivo, realiza-se uma revisão de literatura em bioética e biodireito, além de pesquisa de artigos científicos, teses, dissertações e legislação estrangeira. Reflete-se, então, sobre o princípio de autonomia dos pacientes submetidos às técnicas de reprodução assistida, levando em conta algumas das repercussões dessa técnica sobre o direito de família e sucessões. Por fim, descreve-se o método de casuística clínica, utilizado pelas clínicas como parâmetro para tomar decisões e aconselhar o cônjuge sobrevivente acerca da problemática da concepção póstuma.