POTENCIALIDADES CIENTÍFICAS DO TERRÁRIO PARA O DESENVOLVIMENTO DE ALUNOS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO (TEA) NA PERSPECTIVA DOS DIREITOS HUMANOS E DO ENSINO DE CIÊNCIAS
Palavras-chave:
TERRÁRIO, ENSINO DE CIÊNCIAS, Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro AutistaResumo
A pesquisa desenvolvida, na condição de bolsista CAPES vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências, Ambiente e Sociedade (PPGEAS), da Faculdade de Formação de Professores (FFP) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), tem como objeto as potencialidades científicas do terrário para o desenvolvimento de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), considerando a matriz orientadora contida nos Referenciais Curriculares da Rede Pública Municipal de Educação de Niterói. Justifica-se a relevância temática pelo olhar específico para a temática do ensino de ciências voltado para a questão da inclusão escolar no sentido estrito da educação especial inclusiva, com recorte, como exposto, aos alunos com TEA, articulando-se com a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Objetivos: Identificar aportes teóricos relacionados à prática de terrário e a contribuição do estudo de ciências para a alfabetização em uma perspectiva integral e em especial voltada para crianças com TEA; Identificar os aportes teóricos relacionados ao desenvolvimento no contexto da educação escolar de crianças com TEA visando identificar limites, possibilidades e estratégias de sua inclusão em classes regulares; Avaliar a proposta de construção de terrários como uma contribuição para o desenvolvimento de alunos com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) a partir dos Referenciais Curriculares da Rede Pública Municipal de Educação de Niterói. Trata-se de pesquisa documental baseada em materiais que não receberam ainda um tratamento analítico no contexto proposto para a pesquisa, no caso, a matriz orientadora contida nos Referenciais Curriculares da Rede Pública Municipal de Educação de Niterói – Ensino Fundamental. A hipótese inicial é que a construção do terrário seja uma estratégia pedagógica possível para o desenvolvimento de alunos com Transtornos do Espectro do Autismo. Os resultados parciais, a partir da análise realizada, indicam que a prática do terrário encontra respaldo no contexto da matriz orientadora, considerando os Núcleos Temáticos previstos para os anos iniciais do ensino fundamental, a saber “Matéria, Energia e suas Transformações”, “Seres Vivos, Ambiente e Evolução” e “Universo e Terra”, com a possibilidade de proporcionar experiências sensoriais, motoras e a ampla expressão corporal, respeitando as necessidades de movimento do corpo de alunos com TEA. Neste contexto, o uso do terrário nas aulas de ciências nas Unidades de Educação que integram o Sistema Municipal de Ensino de Niterói, tem grande potencial para garantir a inclusão dos alunos com TEA em classes regulares de ensino ao mesmo tempo em que promove habilidades e competências científicas e aquelas fundamentais para o desenvolvimento individual e coletivo desse aluno.