O(s) DIREITOS HUMANOS E A EDUCAÇÃO EMANCIPATÓRIA
DIÁLOGOS ADORNIANOS
Palavras-chave:
ADORNO, EDUCAÇÃO EMANCIPATÓRIA, DIREITOS HUMANOSResumo
A educação, sob a influência da ideologia neoliberal, vem cedendo espaço ao processo de massificação, tornando-se separada do sujeito, e consequentemente, vista como mercadoria. Dessa forma, a educação tornou-se também um instrumento idealizado, servindo aos interesses do sistema econômico no qual está inserida. Essa perspectiva regressiva abriu caminho para, contraditoriamente, o processo de dominação, pela ciência e pela técnica, exercer cada vez mais o seu trabalho de monopólio de pensamento. Diante desse contexto, o presente trabalho pretende refletir sobre a seguinte problemática: por que a educação tem aderido aos processos de dominação e confrontado os Direitos Humanos? Essa questão conduz-se a inferir que há conexão com a seguinte pergunta de Adorno (2020, p.169) fez no texto “Educação contra a Barbárie”: “O problema que se impõe nessa medida é saber se por meio da educação pode se transformar algo de decisivo em relação à barbárie?” Tendo em vista tais questionamentos, o presente estudo compreende-se, então, de algumas análises reflexivas sobre as contradições da educação no contexto administrado da sociedade contemporânea, enfatizando o excessivo uso destes recursos como um processo que pode deformar culturalmente o indivíduo. Metodologicamente, explicita-se que esta pesquisa é de cunho teórico com base no método dialético, tendo como referenciais teóricos os intelectuais da Teoria Crítica frankfurtiana, especialmente, Adorno (2020). A perspectiva desta pesquisa como se pode observar, é tanto política como emancipatória. Compreende-se que o confronto a essa condição está na “produção de uma consciência verdadeira”, conforme Adorno (2020, p. 154). Para que nessa perspectiva, o conceito de educação para emancipação seja uma realidade no contexto da sociedade contemporânea, pois “uma democracia efetiva só pode ser imaginada como uma sociedade de quem é emancipado” (idem, p. 154).