AÇÕES AFIRMATIVAS E POLÍTICAS DE INCLUSÃO DE GÊNERO NO PROEJA/IFRJ/BRASIL PARA MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Autores

  • Débora Damasceno da Costa IFRJ - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia/Campus Rio de Janeiro

Palavras-chave:

AÇÕES AFIRMATIVAS; CULTURA; POLÍTICAS DE INCLUSÃO.

Resumo

Introdução: A presente pesquisa debruça-se na investigação de ações afirmativas de política de inclusão de gênero na educação de jovens e adultos da educação profissional e tecnológica (PROEJA) no IFRJ/Brasil, mais estritamente, no caso de mulheres vítimas de violência doméstica. Associando-se ao projeto de investigação da pesquisadora Salgado (2022), cuja orientação realiza-se junto ao Lecef/IFRJ/CRJ, associado ao Grupo de Pesquisa REDIH/IFRJ/CNPq (Relações entre Educação, Empoderamento, Diversidade e Cultura de Direitos Humanos), por meio do OAFIG-EPCT. Objeto de pesquisa: Possuímos, como objeto de estudo, as ações afirmativas voltadas para inclusão de gênero, no caso mais específico de mulheres vítimas de violência doméstica que sejam estudantes no Proeja do IFRJ/campus Rio de Janeiro/Brasil. Relevância da pesquisa: A naturalização da violência contra a mulher estrutura uma cultura que viola seus direitos, impactando também a sociedade, uma vez que as mulheres são destituídas da vida digna, do acesso à educação e à vida profissional. Assim, acreditamos que pesquisas que conduzam a debates, criação e consolidação de ações afirmativas fortalecem políticas de inclusão de gênero, contribuindo, também, para o combate à violência contra a mulher. Nesse sentido, a referida pesquisa dialoga com a agenda 2030 da ONU, manifestando-se nos ODS 4 e 5, convergindo para a educação de qualidade e para a igualdade de gênero. Objetivos da pesquisa: Nesse contexto social e cultural da violência contra a mulher, a presente pesquisa tem como objetivo geral contribuir para o enfrentamento à violência contra a mulher. Nos objetivos específicos, temos o mapeamento de ações socioeducacionais voltadas para mulheres vítimas de violência doméstico-familiar estudantes do IFRJ, na modalidade PROEJA, no campus Rio de Janeiro. Neste escopo, no âmbito quantitativo, investigamos práticas de inclusão, permanência e conclusão exitosa na formação deste grupo social no IFRJ/CRJ. Metodologia: A pesquisa segue uma metodologia quantitativa, examinando o número total e proporcional de mulheres ingressantes, dentre estas as ingressantes pelo sistema de cotas, na modalidade PROEJA, e o número de mulheres vítimas de violência doméstica acompanhadas pelo setor de Psicologia, pela coordenação técnico-pedagógica e pelo NAPNE (núcleo de atendimento de pessoas com deficiência) do IFRJ/CRJ. Desta forma, os resultados da pesquisa compõem o mapeamento de ações afirmativas para mulheres vítimas de violência doméstica estudantes na educação profissional tecnológica de nível médio no IFRJ/CRJ, que chamamos MAF-EPT. Hipóteses iniciais: A política de acesso à educação de jovens e adultos viabiliza o ingresso de inúmeros cidadãos na educação profissional e tecnológica do Instituto Federal. No entanto, acreditamos  que a política de acesso deve contar com a oferta de ações afirmativas, a fim de contribuir para que o acesso seja dimensionado em permanência e conclusão. No caso da pesquisa aqui referida, as reflexões colocam-se especificamente sobre mulheres vítimas de violência doméstica. Conclusões: Pretendemos, por meio desta pesquisa, investigar a existência das ações afirmativas na EPCT/IFRJ/CRJ e identificar como e se estas ações influenciam a permanência e a conclusão exitosa de estudantes mulheres vítimas de violência doméstica. Nesse caso, a pesquisa investiga as ações afirmativas na modalidade PROEJA.

Publicado

03.10.2023

Edição

Seção

SIMPÓSIO On92 - DHs, AÇÕES AFIRMATIVAS, IGUALDADE E DIV. SEXUAL E DE GÊNERO