ENVELHECIMENTO EM AMBIENTE URBANO
PERSPECTIVAS ENTRE IDOSOS COM DOENÇAS CRÔNICAS E OCORRENCIA DE QUEDA
Palavras-chave:
PERSPECTIVA NO ENVELHECIMENTO; DOENÇAS CRÔNICAS; QUEDA; AMBIENTBANO; POLÍTICAS PÚBLICAResumo
Introdução: A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o envelhecimento como um processo de vida moldado por vários fatores, que isoladamente ou em conjunto, favorecem a saúde do idoso1,2. Todavia, os maus hábitos adquiridos na juventude, como sedentarismo e má alimentação aumentam a suscetibilidade a doenças crônicas na vida adulta1,2,3. Dentre as doenças com maior impacto no envelhecimento estão a hipertensão arterial sistêmica, doenças cardíacas e o diabetes3,4. Apesar do envelhecimento não ser sinônimo de doença, as condições geriátricas predispõem os idosos a doenças crônicas e lesões por motivo de queda5. O evento que resulta em uma pessoa parar inadvertidamente no chãopodem gerar uma serie de complicações, como incapacidades de mobilidade e altos custos a saúde pública6. Por outro lado, a alta incidência de quedas entre os idosos sugerem a urgência de políticas públicas que promovam modos de viver mais saudáveis e seguros em todas as etapas da vida7. É de extrema importância questionar se o ambiente urbano em que os idosos residem são ambientes que proporcionam recursos e bem-estar, isso é particularmente aparente quando se olha para o potencial de violação de direitos específicos e a maneira como a vida dos idosos podem ser impactadas negativamente por limitações de suas liberdades e falhas em atender às suas necessidades7,8. Objeto: Doenças crônicas, queda em idosos. Objetivo: Analisar o ambiente urbano e a ocorrência de queda entre os idosos portadores de doenças crônicas. Metodologia: Estudo descritivo considerando o ambiente urbano que os idosos residem no estado de Minas Gerais e na cidade de Viçosa/MG-Brasil. Utilizamos o banco de dados públicos e online da prefeitura, da Secretaria de Saúde, do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde e o plano diretor do municipio. A analise estatística foi realizada pelo software R utilizando a regressão logística múltipla para identificar os fatores de risco para a ocorrência de queda entre os idosos. A variável de desfecho é a ocorrência de queda e as variáveis exploratórias são os fatores relacionados ao ambiente urbano. Resultado: Com os resultados parciais foi possível observar que no estado de Minas Gerais a ocorrência de queda é maior entre o grupo de idosos com hipertensão e diabetes, correspondendo (1,79%). Em Viçosa a prevalência de quedas foi maior entre idosos com 80+ anos de idade, representando (91,6%). A média de idade do grupo foi de 71,65 e a ocorrência de queda foi maior em ambiente urbano com (35,38%). Tais dados reafirmam a necessidade de adaptações que favoreçam a saúde e qualidade de vida dos idosos. Conclusão: Em primeira análise esperamos contribuir na reflexão e na construção de estratégias de redução de risco e ações que promovam saúde urbana. Destacando a necessidade que os municipio invistam em plano diretor que priorize o direito humano e uma cidade amiga do idoso, como sugerida no guia global da OMS9. As implicações sobre a saúde e o bem-estar da população idosa, demonstra a necessidade de redução das barreiras arquitetônicas, especialmente as calçadas irregulares, com o intuito de diminuir a ocorrência de quedas.