A ERA DIGITAL PRATEADA

A INFLUÊNCIA DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E DO APRENDIZADO PROFUNDO PARA, EM COMUNICAÇÃO ORAL, AFETAR POSITIVAMENTE A MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA DO PÚBLICO IDOSO

Autores

  • Leony Neto Universidade Estácio de Sá
  • Catia Leony Universidade Nova de Lisboa

Palavras-chave:

Publico prateado, Inteligência artificial, Aprendizado profundo, Qualidade de vida

Resumo

É inegável que a humanidade, em diversos aspectos protagonizou singular evolução desde o século XX ao modernismo do século XIX. De várias maneiras, prosperou e cresceu, superando, sobremaneira, as mais crédulas esperanças, quer fossem elas selvagens ou não. Quer na pintura ou na escultura, quer na arte da poesia ou, ainda, no romance, teatro, dança, arquitetura ou mecânica, a revolução industrial foi, nestes tempos, a locomotiva propulsora, maternal, desta inimaginável evolução, fomentando o aprimoramento, em tão pouco tempo, de rol substancial de disciplinas cientificas que, no dizer de Marchal Berman, nem sequer existiam um século atrás. O fato que não se pode contestar é que o único estímulo que efetivamente nos comove e nos move é o infinito, o incomensurável. Depositamos toda a crença no homem do amanhã ou, quem sabe, no de depois de amanhã. Porque, sem saber se estar-se-á na direção certa, andamos pela fé e não pela visão, construindo certezas sobre coisas mesmo não sabendo de nada. Ingressamos na era digital, das medias e, no atualmente considerado Santo Graal, universo da Inteligência Artificial e seu subcampo: o aprendizado profundo e sua capacidade de reconhecimento, previsão, classificação, tomadas de decisão ou síntese. Apesar de cientificamente conhecido desde 1967, a necessidade de exigir grande quantidade de dados e potência computacional, fez com que levasse quase 50 anos para desabrochar, pois se o poder computacional é o motor da IA, os dados são seu combustível. Basta imaginar que hoje, seu smartphone tem milhões de vezes mais poder de processamento do que os computadores da NASA que mandaram Neil Armstrong à Lua em 1969. O aprendizado profundo treinado em um oceano de informações vai descobrir correlações entre características obscuras dos dados que são sutis ou complexos demais para serem compreendidas por humanos e é exatamente neste ponto que reside o problema da pesquisa. Justificando o desenvolvimento de estudos destinados a entender e de que forma aplicar a tecnologia da IA e seu aprendizado profundo para, ainda que de maneira, também, preditiva promover segurança física, mental, fisiológica e, em alguns casos, psicológica do Público Prateado (Idosos). Para tanto, através de revisão bibliográfica e análise documental como metodologia de pesquisa sob os auspícios dos pensamentos de Kai-Fu Lee e Chen Qiufan, o presente artigo buscará responder, mesmo que de forma parcial, o seguinte questionamento: é possível, por comunicação predominantemente oral, a Inteligência Artificial com o uso da tecnologia de aprendizado profundo impactar, positivamente, a qualidade de vida do público prateado, interferindo em temas como, exemplificadamente, cuidado, saúde, prevenção, solidão, rotinas, assistência, aprendizado e comunicação? A relevância da pesquisa está em problematizar a diminuição do abismo social que o avanço da tecnologia ordinariamente  pode, de um lado proporcionar o isolamento, mas, de outro, com o advento do aprendizado profundo e da oralidade afetar positivamente a melhoria da qualidade de vida do público idoso, isto porque, no dizer de Ex Machina (2014), “Não precisamos da Inteligência Artificial para nos destruir; temos nossa própria arrogância.”

Biografia do Autor

Leony Neto, Universidade Estácio de Sá

Mestre e Doutorando em Direito Público e Evolução Social pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Estácio de Sá - UNESA. Pós-Graduado em Direito Imobiliário pela UNESA. Professor Convidado do Curso de Pós-Graduação Lato Senso em Direito da UNESA. Pesquisador no Grupo de Pesquisa: História do Pensamento Espanhol Contemporâneo. Instituição: UNESA. Pesquisador no Grupo de Pesquisa: Observatório do Acesso à Justiça na Iberoamerica (OAJI). Pesquisador no Grupo de Pesquisa: Laboratório Direito e Tecnologia: Estudos sobre os impactos das tecnologias disruptivas no direito civil e processual civil. Instituição: UNESA. Pesquisador no Grupo de Pesquisa: Constitucionalismo(s), Direitos e Democracia. Instituição: UNESA; Advogado inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil; Advogado inscrito na Ordem dos Advogados Portugueses, Conselho de Lisboa; Diretor Jurídico do Parlamento Municipal da Capital do Estado do Rio de Janeiro; Membro do IAB - Instituto dos Advogados Brasileiros; Membro da ABAMI – Associação Brasileira dos Advogados do Mercado Imobiliário. Endereço eletrônico: caffonso@leonyneto.com.br

Catia Leony, Universidade Nova de Lisboa

Mestranda em História do Império Português pela Universidade Nova de Lisboa. Pós- Graduanda em Educação Parental e Inteligência Emocional pela Academia Parent Brasil. Pós-Graduada em Saúde Mental e Desenvolvimento Humano pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Pós-graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional pela Universidade Gama Filho. Graduada em História pela Universidade Gama Filho. Graduada em Pedagogia pela Universidade Gama Filho. Professora do Ensino Fundamental e Médio.  Membro da Associação Brasileira de Psicopedagogia: ABPp. Membro do Movimento de Profissionalização de Educação Parental no Brasil: Clube Canguru. Endereço eletrônico: cbraga@leonyneto.com.br

Publicado

03.10.2023

Edição

Seção

SIMPÓSIO On102 - DIREITOS HUMANOS DAS PESSOAS IDOSAS EM PERSPECTIVA