CHATGPT
EU, ROBÔ?
Palavras-chave:
TRABALHO, INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, TECNOLOGIA, REVOLUÇÃO INDUSTRIALResumo
A popularização da Inteligência Artificial (I.A) fomentou a retomada de um discurso pessimista futurístico acerca da substituição total da mão de obra humana pela robótica, ocasionando o suposto “fim do trabalho”. Em que pese o desenvolvimento dessa tecnologia tenha se iniciado ainda em meados dos anos 1950, o debate recente sobre assunto se aprofundou a partir do uso de ferramentas como ChatGPT, ChatPDF, Bing e Discord. Entretanto, a história mostra que esse receio acerca das produções tecnocientíficas não é novo, podendo ser observado em diferentes períodos históricos da sociedade. Tal desconfiança pode ser compreendida a partir de experiências sofridas por alguns indivíduos em determinados momentos de incorporação de tecnologias no mercado de trabalho, como no caso da 1ª Revolução Industrial e a introdução de maquinários na produção de bens. Não obstante o fato de que alguns postos de trabalho, eventualmente, possam ter sido afetados, seja pela diminuição ou até mesmo pela exclusão, é importante destacar que a substituição é apenas um de três fenômenos que ocorrem a partir da automação de atividades em ambientes laborais. Além dela, ocorrem também a complementariedade e a criação de novas demandas, que se constituirão como objeto de pesquisa do presente trabalho, no que tange à Inteligência Artificial. Dessa maneira, buscar-se-á perquirir acerca dos possíveis efeitos dessa tecnologia a partir de um comparativo histórico com outros momentos de revolução tecnológica. A hipótese inicial da pesquisa é a de que os discursos sobre o fim do trabalho são alarmistas e infundados, uma vez que as alterações advindas com a I.A poderão ser muito mais benéficas do que maléficas, criando mais postos de trabalho do que os eliminando. Para tanto, será adotada a metodologia de revisão bibliográfica, utilizando-se artigos e revistas acadêmicas com temática não somente jurídica, mas também tecnocientífica, em língua portuguesa e espanhola. Ademais, será feito um levantamento de dados, todos eles coletados através de pesquisas já realizadas por instituições científicas, governamentais ou não. Buscando um estudo metodologicamente apropriado, os dados levantados possuirão um recorte temporal, de modo que serão analisados os cenários históricos vivenciados a partir da 1ª e 3ª Revolução Industrial, excluindo-se a 2ª na intenção de permitir analisar alterações no mundo do trabalho mais evidentes e distintas entre si.