PELO DIREITO DE “SER” HUMANO
A INCANSÁVEL LUTA DAS DESLOCADAS INTERNAS SITUADAS NOS CAMPOS DE REFUGIADOS
Palavras-chave:
CAMPO DE REFUGIADOS, DESLOCADOS INTERNOS, GÊNERO, MIGRAÇÕES FORÇADAS, MULHERESResumo
Em uma sociedade pautada na diversidade, mas onde prevalece a opressão; e em um mundo globalizado onde há o conflito entre valores gerados por sistemas que pregam conceitos distintos, há um contexto de vida de pessoas extremamente carentes e vulneráveis que se encontram à mercê de quaisquer direitos efetivos, os deslocados internos, que basicamente são todas as pessoas, que por serem perseguidas por motivos diversos, precisaram e foram forçadas a fugir para sobreviver, ou não sucumbir, de forma súbita ou inesperada, abandonando as suas casas, mas deixando de cruzar as fronteiras de seu país de origem/residência, acabando-se por encontrar socorro nos locais mais diferentes e inóspitos no seu país, sendo este, na maioria das vezes, os campos de refugiados como seu destino mais comum. É dentro desse grupo de pessoas à margem de quaisquer garantias fundamentais, e que só sabem fugir e correr, que se observa um panorama ainda mais grave e acentuado: as mulheres deslocadas internas, ou seja, um grupo de pessoas fragilizadas dentro de um contexto já delicado, e que além de se preocuparem com suas vidas e sobrevivências inerentes ao processo de fuga, ainda precisam estar atentas e alarmadas por questões de ordem de gênero e preconceito pelo simples fato de serem mulheres inseridas em contexto sem alicerces ou estrutura minimamente dignas. Objetiva-se analisar, assim, o que já é precário nas migrações forçadas, expondo o agravamento do panorama das mulheres deslocadas internas, existentes nas estranhas desse fenômeno migratório, já que as dificuldades que se levantam diariamente para efetivação dos direitos a elas inerentes fogem do controle e ultrapassam todo limite admissível de razão e bom senso, já que tais minorias frágeis lutam por preceitos basilares e direitos mínimos existenciais, tal como a ruptura do dogma de sujeito único e universal de direitos pautado em estereótipos e condições extremamente divergente das suas, o que acabam por acarretar em imensuráveis dificuldades de se desenvolverem e se inserirem no seu contexto social de maneira digna e formal, além de garantir e efetivar o seu direito de ter direitos como marco de tolerância e respeito à dignidade humana independente de traços ou gênero, como, os que causaram suas perseguições e migrações. A partir do levantamento bibliográfico e do método dedutivo, observar-se-á o panorama jurídico-social dessas migrantes que fogem para sobreviver, e mais especificamente como são seus direitos, suas prerrogativas e suas principais lutas como grupo minoritário inseridos no âmbito já precário de um grupo vulnerável das migrações forçadas, como as mulheres deslocadas internas, expondo suas condições e os principais prognósticos/propostas visando a melhoria de vida nos campos de refugiados, bem como conscientizando sobre a necessidade latente de maior enfoque nessa questão que passa desapercebida e nas entrelinhas da sociedade internacional atual.